Um santo ladrão!

 

 

No meio das denúncias feitas por Marcos Valério, que levaram o Ministério Público a abrir mais 6 investigações, 'nosso'  ex-presidente talvez seja ouvido sobre o mensalão e, obviamente, sobre o envolvimento que teve no caso. 

 

 

Sempre  ouvimos (ou lemos) sobre o que poderá ou será feito, sem que nunca se faça nada.  Porém, dessa vez, se tem comentado muito sobre o assunto, o que nos leva a crer que futuramente pode até acontecer o que já esperamos há tanto tempo. 

 

 

Caso perguntassem a um meliante

sobre sua culpa em determinado assalto,

ele assumiria sua participação ou se diria inocente?

 ***

- Operador do mensalão acusou Lula, que poderá ser ouvido, de saber da existência do esquema de corrupção

http://www.senado.gov.br/noticias/opiniaopublica/inc/senamidia/notSenamidia.asp?ud=20130403&datNoticia=20130403&codNoticia=819637&nomeOrgao=&nomeJornal=O+Globo&codOrgao=2729&tipPagina=1

BRASÍLIA A Procuradoria da República no Distrito Federal abriu seis investigações preliminares para apurar denúncias feitas por Marcos Valério, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como operador do mensalão, segundo informou ontem o "Estado de S.Paulo". A procuradoria não informou quais crimes estão sendo apurados e também não deixou claro se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é alvo das investigações. Segundo a procuradoria, a investigação é dirigida a fatos, e não a pessoas.

 

Um procurador disse ao GLOBO ser possível que Lula seja chamado para se explicar sobre parte das denúncias de Valério. Em depoimento à Procuradoria Geral da República, em setembro do ano passado, Valério acusou Lula de ter se beneficiado do esquema.

Seis procuradores vão participar das investigações. Se entenderem que os indícios são suficientes, eles podem abrir inquérito para aprofundar a apuração. No início deste ano o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou o caso ao Ministério Público em São Paulo. O depoimento também foi enviado ao Ministério Público de Minas Gerais e voltou à Procuradoria em Brasília.

Barbosa nega pedido de réus -  O ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), negou ontem pedido feito por 15 advogados de réus do processo do mensalão para estender o prazo para a apresentação de recurso e para ter acesso antecipado aos votos escritos dos ministros, antes da publicação do acórdão. O prazo no regimento interno do STF é de cinco dias após a publicação do acórdão. Dos 37 réus, 25 foram condenados, e 12, absolvidos.

Entre os advogados que fizeram o pedido estão Márcio Thomaz Bastos, contratado por ex-dirigentes do Banco Rural; Arnaldo Malheiros Filho, do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares; José Luís Oliveira Lima, do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu; Marcelo Leonardo, de Valério; e Alberto Toron, do deputado João Paulo Cunha (PT-SP).

 

 

"Estimativas sobre o tamanho da decisão são as mais diversas, variando de 5 mil até 20 mil folhas. É de se recordar que apenas o voto de Vossa Excelência, antes da revisão, tinha mais de mil folhas", diz o pedido dos advogados. O STF não divulgou o texto da decisão de Barbosa. Ele já havia negado pedido de Dirceu para ter acesso aos votos e um pedido de Ramon Hollerbach, ex-sócio de Valério, para estender o prazo para recurso.

 

Em debate ontem, os quatro candidatos à sucessão de Gurgel disseram que, se eleitos, pediriam a prisão dos réus condenados no processo do mensalão, após esgotada a fase de apresentação e análise dos recursos. Os subprocuradores Rodrigo Janot, Sandra Cureau, Ela Wiecko e Deborah Duprat entendem que a prisão é parte natural da execução da pena. Gurgel já pediu a prisão dos réus do mensalão duas vezes.