Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos,
porque a história de nossos políticos
pode causar deficiência moral irreversível.

É a vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida pública.


sábado, 4 de agosto de 2012

Reinaldo de Azevedo ao som da MPB


´


Em seu artigo  Seiscentos mil fatos tiveram de ser transportados pelo esquema criminoso num carro forte  (http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/seiscentos-mil-fatos-tiveram-de-ser-transportados-pelo-esquema-criminoso-num-carro-forte/), Reinaldo Azevedo fala sobre o mensalão e a exposição dos crimes do mensalão feita  pelo Procurador-geral Roberto Gurgel.

Comenta, também, sobre o final da exposição em que Gurgel se refere a uma música de Chico Buarque, um PTista típico, um socialista-populista daqueles que acham que os bens de todos devem ser divididos com o povo... menos os bens dele, é claro. 


 
 Trecho do artigo de Reinaldo de Azevedo:

Ontem, quando deixava a sala para me dirigir ao estúdio da VEJA para gravar o programa (ver post), ouvi as palavras quase finais do procurador-geral, Roberto Gurgel, ao encerrar sua peça acusatória:
“Dormia
A nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações”
É trecho do “Vai Passar”, de Chico. E Gurgel se referia justamente àqueles que protagonizaram o escândalo que ficou conhecido pelo nome-fantasia de “mensalão”, mas que deve ser entendido como “formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva…”.

 
Pois é… 
Em 2006, o mensalão já era de todos conhecido, e o homem do “Apesar de Você” e do “Vai Passar” subiu no palanque de Lula. Em 2010, no de Dilma. Alinhou-se, em suma, com os “envolvidos em tenebrosas transações” enquanto a “a nossa pátria mãe dormia tão distraída” (huuummm…).

 
O problema da “arte engajada” é que, geralmente, tem também uma agenda. Duvido que Chico tenha imaginado que um dia a sua canção se prestaria a isso. Afinal, segundo a lógica “da virada”, só existem o “nós” contra “eles”, um “nós” composto de homens honrados e um “eles”, de desonrados. E isso é um tolice e uma mentira.

Vai passar!
“Um dia”, seremos feitos só de indivíduos preocupados em cuidar da própria vida, tomando o cuidado de não importunar a dos outros. E nunca mais diremos “um dia…”. Eis uma “vertigem visionária que não carece de seguidor”, como disse um cantor.

 
Por Reinaldo Azevedo

VÍDEO COM A MÚSICA DE UM GRANDE COMPOSITOR
que defende os mais necessitados, reclama da situação de seu país,  
cobra e exige dos outros, mas, quando chega na hora, não faz nada além de
falar em prosa e verso.










Sem a "direita", não existiria esquerda. Seria tudo um centro só.


A esquerda precisa da direita para sobreviver.  Para falar, para se mostrar, para se revoltar, para estrebuchar, para tapear.  E quem foi que inventou essa história de que  "ser de direita" é errado e certo é apenas ser um esquerdista?   Afinal, para quem foi vantajosa a criação da  "esquerdopatia" ?


 
Insistentemente, vemos dedos apontados para os outros dizendo que  "vocês são de direita",   e ainda vemos os  que simpatizam mais com a direita do que com essa esquerda perniciosa, se acovardarem ao se sentirem acusados dessa forma.  Como se fossem acusados de praticar um crime hediondo.

Portanto, mesmo que nossa tendência seja mais central, é importante enchermos o peito e gritarmos bem alto 'SOU DE DIREITA, SIM, COM MUITA HONRA", para evidenciar que ninguém possui o direito de nos obrigar a ser da maneira estúpida que gostariam que fôssemos.

 ***

Em carta a Dilma, HRW (Human Rights Watch)  pede pressão sobre direitos humanos na Venezuela - ONG destaca respeito a artigo sobre proteção aos direitos humanos no Mercosul (Janaína Figueiredo).  Carta à presidente do Brasil-http://issuu.com/globovision/docs/hrw-presidenta_dilma_rousseff-entrada_venezuela_me


 
BUENOS AIRES
Como novo membro pleno do Mercosul, a Venezuela deverá respeitar os protocolos internos do bloco, entre eles os que garantem o total respeito aos direitos humanos, à liberdade de expressão e ao equilíbrio de poderes, pilar de toda democracia. A advertência foi feita pela Human Rights Watch, em carta que será recebida nesta sexta-feira pela presidente Dilma Rousseff. O texto, ao qual O GLOBO teve acesso, lembra que “o artigo 1º do Protocolo de Assunção sobre Compromisso com a Promoção e Proteção dos Direitos Humanos do Mercosul declara: 'A plena vigência das instituições democráticas e o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais são condições essenciais para a vigência e evolução do processo de integração entre as partes'.”

Mês passado, a ONG divulgou um novo relatório sobre o governo do presidente Hugo Chávez, intitulado “Apertando o Cerco: Concentração e abuso de poder na Venezuela de Chávez”, no qual alertou sobre a falta de divisão de poderes e a utilização do Judiciário e organismos como a Comissão Nacional de Telecomunicações (CONATEL) por parte do governo para perseguir, ameaçar e intimidar opositores. A adesão plena da Venezuela ao Mercosul, diz a Human Rights Watch na carta, é uma oportunidade  para que os demais sócios do bloco enfrentem “os graves problemas de direitos humanos” no país.

 
“Em relação ao artigo 1º, o governo do Presidente Hugo Chávez tem concentrado poder nas mãos do Executivo, deliberadamente minando a independência de outras instituições democráticas e eliminando controles essências contra o uso abusivo e arbitrário do poder do Estado. O impacto dessas ações nas garantias de direitos humanos na Venezuela tem sido dramático”, apontou a ONG.

 
O documento, redigido pela equipe do diretor da ONG para as Américas, José Miguel Vivanco, traça um claro panorama político e institucional da Venezuela. “O presidente Chávez e seus apoiadores na Assembleia Nacional passaram a controlar o Judiciário em 2004, quando aumentaram o número de ministros no Supremo Tribunal de 20 para 32 e nomearam aliados políticos para os 12 cargos adicionais. Após as eleições legislativas de 2010 terem reduzido a maioria de Chávez no Congresso, o governo rapidamente mudou as leis que regem o processo de nomeação de juízes e, em seguida, nomeou mais aliados ao Supremo Tribunal antes que os legisladores da oposição recém-eleitos assumissem os seus postos”, disse a carta, também enviada ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.

 
Como fez no recente relatório, a ONG menciona alguns casos onde constataram-se violações dos direitos humanos, entre eles o da juíza María Lourdes Afiuni, detida desde 2009 “por ter concedido liberdade condicional a um crítico do governo, preso havia três anos sob acusação de corrupção e ainda não julgado. Embora sua decisão estivesse de acordo com as leis venezuelanas e internacionais, no dia seguinte o presidente Chávez qualificou-a como ‘bandida’ e exigiu a sua condenação a 30 anos de prisão. Ela permaneceu em prisão preventiva por mais de um ano num cárcere feminino para autores de crimes violentos e atualmente aguarda julgamento em prisão domiciliar”.

 
A Human Rights Watch questiona, ainda, o rígido controle à imprensa, através de leis e políticas públicas “que buscam controlar os meios de comunicação e reformular seu conteúdo”.


Mais sobre o assunto em











Lewandowski e Barbosa - Segundo round ...


O verdadeiro segundo round será em novembro, quando o Ministro Joaquim Barbosa será o presidente do STF (ou ITF, não se sabe ainda!) e Lewadowski será o vice-predidente.






Recordar é viver - Merval Pereira


Merval Pereira
 
 
O feitiço acabou se virando contra o feiticeiro. Se a polêmica sobre o desmembramento do caso do mensalão na Justiça, levantada pelo advogado Marcio Thomaz Bastos, tinha a intenção imediata de implodir o julgamento no Supremo Tribunal Federal e, como efeito colateral, atrasar o processo a ponto de impedir que o ministro Cezar Peluso possa votar antes de se aposentar, o efeito foi outro.


O Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, ficou sozinho no palco, e sua acusação dominará o noticiário durante todo o fim de semana. A defesa, que dividiria com ele esse segundo dia de julgamento, só será protagonista dos trabalhos a partir de segunda-feira.


Nesse intervalo, ficará única para a discussão da opinião pública a peça acusatória de Gurgel, que fez relembrar os detalhes daqueles dias de crise política de 2005, quando a todo o momento surgia um fato novo para estarrecer a cidadania.


Diante da profusão de provas e evidências desfiadas pelo Procurador-Geral, fica muito difícil sustentar que o mensalão foi uma farsa, que nunca existiu.
Essa tese passou a ser mais facilmente disseminada nos anos seguintes à crise, quando o ex-presidente L.I. (alteração feita no texto)  se recuperou do golpe e passou a fazer um governo muito popular, que permitiu que mudasse de posição diante da maior crise de seu governo sem que lhe fosse cobrada mais rigorosamente essa incoerência.


Daquele homem arrasado que pensou em renunciar ao mandato no fundo de uma depressão, e que pediu perdão aos brasileiros, dizendo-se traído, ao líder arrogante que passou a defender todos os envolvidos e disse que se encarregaria de demonstrar “a farsa” do mensalão, que teria por objetivo derrubá-lo do poder, vai uma distância muito grande que nada justifica, a não ser a decantada capacidade do brasileiro de a cada quinze anos esquecer os últimos quinze anos, segundo Ivan Lessa ou, mais pessimista ainda, Millor Fernandes que dizia que a cada 15 minutos o brasileiro esquece os últimos quinze minutos.


Pois a acusação do Procurador-Geral Roberto Gurgel teve a virtude de relembrar as “tenebrosas transações” que ocorreram naquele período, desde os carros-fortes que carregavam a dinheirama dos mensaleiros até a lavagem do dinheiro em diversas modalidades financeiras e os saques na boca do caixa, tudo se encadeia, perfeitamente provado em perícias e documentos.


Diante do exposto, inclusive das confissões feitas rigorosamente por todos os acusados, fica impossível alguém afirmar que não houve uma movimentação ilegal de dinheiro entre o PT e seus aliados políticos, com a utilização de diversas manobras para mascarar as negociações.


A tese do mero caixa dois para pagamento de campanhas eleitorais fica fragilizada diante do sofisticado sistema de desvio de dinheiro público montado para irrigar os cofres dos partidos políticos, c om empréstimos fictícios e contas no exterior.


E, mesmo que fosse verdade, o desvio de dinheiro público é um crime que não se atenua com o objetivo final da aplicação do produto do roubo, mesmo que tivessem feito doação a uma obra de caridade ou ao Fome-Zero, conforme salientou o Procurador-Geral.


A acusação encarou também os comentários de que não haveria provas nos autos para condenar o ex-ministro José Dirceu, classificando-os de “risíveis”.
Para derrubar essa visão, Roberto Gurgel salientou que as provas testemunhais têm o mesmo valor das documentais, e citou a teoria do “domínio final do fato” do jurista Heleno Fragoso, que define o autor do crime como aquele que pode decidir quanto à sua realização e consumação.


“Nas palavras do Mestre, seria autor não apenas quem realiza a conduta típica, objetiva e subjetivamente, e o autor mediato, mas também, por exemplo, o chefe da quadrilha que, sem realizar a ação típica, planeja e decide a atividade dos demais, pois é ele que tem, eventualmente em conjunto com outros, o domínio final da ação”.




Para enfatizar que José Dirceu era realmente o “mentor, protagonista e idealizador” do esquema, Gurgel citou o testemunho de diversos políticos, líderes partidários e empresários que negociavam pessoalmente com ele “entre quatro paredes”, algumas vezes até mesmo no Palácio do Planalto.


Roberto Gurgel chamou a atenção para o fato de que os chefes de quadrilha não mandam ordens por escrito, não combinam os golpes por telefone ou por emails. E mesmo sem o chamado “ato de ofício” é possível definir a responsabilidade de José Dirceu no comando da quadrilha.

Diz o UOL: As Mais Lidas ...

As Mais Lidas 

1 Professor da atriz Bárbara Paz deixa programa ;
2 Comodismo leva homens a manter relação infeliz;
3 Scheidt é o maior medalhista brasileiro;
4 Justiça manda site tirar do ar notícias sobre Raí e Zeca ;
5 Brasileira se supera e precisa domar técnico em Londres.

Após saber quais os assuntos mais interessantes para alguns leitores ...








sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Se o PT saiu na frente, olha a bola-de-gude aí, minha gente!



Disse o PT que teria saído na frente ,
ontem no julgamento do mensalão.


 
Caso fosse um partido sério, decente, teria afastado os acusados de formação de quadrilha na mesma hora.   Mesmo que tivesse alguma dúvida (se fosse possível!) sobre um comportamento tão espúrio, sendo o partido que surgiu para "consertar a corrupção', jamais poderia manter esse tipo de meliante  em seu grupo e, muito menos, defendê-los.



Seja qual for o resultado do julgamento o
PT já se desmoralizou.







Enquetes - motivo


As  3 últimas enquetes  foram feitas para conferir se existe motivo para as pessoas saírem de seu conforto ou deixarem de fazer algum programa mais agradável só para  OBEDECER as leis anti-democráticas de nossa fajuta democracia.


Levando em conta as respostas, dá para perceber a falta de algum motivo mais lógico para que os eleitores se obriguem a votar.




Na última enquete,  a pergunta foi a seguinte:   "O que você acha das urnas eletrônicas?"  


Respostas:
 -
Merecem nossa confiança
2 (3%)
Adianta ir até lá dar nosso voto
1 (1%)
São falsas e com nomes já definidos
46 (73%)
As eleições não devem contar com nossa participação
16 (25%)


Segundo esta enquete, 73% das pessoas sabem que as urnas eletrônicas são falsas, com candidastos já "escolhidos" indepedente do nosso voto, que seria apenas mais um para facilitar a tapeação política.  No entanto, apenas 25 % acredita que toda essa falsidade não deveria contar com nossa participação.


Fica a pergunta:   Se as falsas urnas já têm candidatos definidos, então porque motivo compactuaríamos com essa tapeação?  Talvez fosse motivo para mais uma enquete e mais bem feita para compreender o que passa pela cabeça dos brasileiros bem infomados.










"Ora pro nobis"



 
No julgamento do mensalão


 Que os meliantes vão todos para a

"ponte que os lewandowski"




quinta-feira, 2 de agosto de 2012

STF ou ITF ?

Superior ou Inferior.  
Veremos após o final do julgamento do mensalão



Por 9 a 2, ministros rejeitam desmembramento do mensalão; todos serão julgados pelo STF


A maioria dos ministros STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitou o desmembramento do julgamento dos réus do mensalão. Dos onze ministros, nove votaram contra o desmembramento: Joaquim Barbosa, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Toffoli, Carmem Lúcia, Cezar Peluso, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Ayres Britto.  Somente Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio votaram pelo deferimento.


Com isso, todos os 38 acusados serão julgados pelo Supremo. Após o final da votação dos ministros, o presidente da Corte proclamou um intervalo de trinta minutos.


Mais detalhes sobre o assunto no endereço abaixo:





A "incompetência" do STF no julgamento do mensalão.





Que vença a franqueza, por mais rude que pareça


É comum as pessoas gostarem de ouvir mentiras, desde que lhes digam o que gostariam de ouvir.  Por isso, quanto mais mentimos e evitamos falar o que pensamos, mais amigos nós temos.  Nada melhor do que ter muitos inimigos! 
Ao General Figueiredo, minha eterna simpatia.

Jurema Cappelletti

  • "preferia cheiro de cavalo a cheiro de povo"
  • "Eu prendo e arrebento".
  • "daria um tiro na cabeça se tivesse de sobreviver ganhando salário mínimo."
  • "estilo de alguém que se definia como "rude e franco"
  • "Para não repassar a faixa presidencial a José Sarney, que considerava "um traidor", deixou o palácio pela porta dos fundos."
  • "Quero que me esqueçam". 
Em seu artigo, Augusto Nunes se refere ao livro  Tempos de Gangorra, escrito por Saïd Farhat sobre João Baptista Figueiredo.

  
Um homem a ser explicado
 - Augusto Nunes -

E explicar João Baptista Figueiredo, o último e o mais relutante dos generais a ocupar o poder, e o que Saïd Farhat, que conviveu estreitamente com o presidente no Planalto, se põe a fazer em Tempos de Gangorra
 
 
"Esses, pelo menos, não saíram daqui dizendo as coisas diferentemente do que conversamos", comentou com um assessor o general João Baptista de Oliveira Figueiredo, chefe do Serviço Nacional de Informações do governo Ernesto Geisel, no fim da tarde de 31 de janeiro de 1978.

"Esses" eram Guilherme Figueiredo e Saïd Farhat. E "as coisas que saíram dizendo" foram as respostas dadas pela dupla às perguntas dos jornalistas interessados em saber o que haviam conversado por mais de uma hora o militar já escolhido para encerrar o ciclo dos generais iniciado em 1964, o escritor e teatrólogo que acumulava o posto de irmão mais velho do futuro presidente e o risonho acriano que suspendera as atividades de empresário e jornalista para dirigir a Embratur. O resgate do episódio é um dos momentos mais saborosos e reveladores de Tempo de Gangorra (Editora Tag&Line; 472 páginas; 45 reais), em que Saïd Farhat, como informa o subtítulo, apresenta uma "visão do processo político-militar no Brasil de 1978 a 1980".
O confronto entre o que ouviram os jornalistas e o que escutaram as paredes do gabinete no 4º andar do Palácio do Planalto sugere que, se gostou da lealdade dos visitantes, Figueiredo gostou mais ainda de como as coisas foram ditas e, sobretudo, do que os visitantes deixaram de dizer. A imprensa ficou sem saber, por exemplo, que Guilherme, então funcionário da Embratur, só invocou a necessidade de tratar de questões ligadas ao turismo para conseguir incluir na agenda a audiência, que em princípio duraria quinze minutos, em que apresentou Farhat ao irmão. Eles combinaram que Farhat tentaria, com a exposição de ideias e conceitos inseparáveis do liberalismo clássico, ajudar a pavimentar o caminho da abertura política que seria percorrido pelo quinto (e último) presidente do regime militar. A conversa a três invadiu sem cautelas assuntos perigosos demais para frequentar sem disfarces entrevistas coletivas.
Farhat confirmou que havia sugerido ao general alguns retoques na imagem. Mas omitiu o comentário de Figueiredo quando o aconselhou a abandonar as meias verdes que terminavam no meio da canela: "Qualquer dia, vocês vão querer que eu ande por aí de collant".
No noticiário do dia seguinte, graças à habilidade de um diplomata vocacional, clarins soaram como flautas, bumbo virou marimba e a batucada ficou parecida com um minueto. Reinterpretado por Farhat, Figueiredo pareceu bem melhor que na partitura original. O futuro presidente encontrara seu mais perfeito tradutor, mas Farhat soube disso só no segundo encontro, em 8 de junho de 1978, quando foi convidado ajuntar-se à equipe do candidato. Primeiro como "assessor polivalente", depois como porta-voz do presidente eleito, enfim como ministro da Comunicação Social do chefe de governo, Farhat conviveu intensamente, durante dois anos e meio, com "o homem que cumpriu o juramento de fazer deste país uma democracia".

 
"A devolução do poder aos civis ocorreu graças à teimosia de Figueiredo", garante Farhat. A declarada simpatia pelo personagem às vezes induz o autor a enxergar no desbocado oficial da Cavalaria um audaz cavaleiro andante. O olhar é amistoso, mas sempre honesto. O livro comprova que só um turrão incurável poderia completar o trabalho de desmonte iniciado por Geisel, outro teimoso de nascença. Os dois enfrentaram zonas de turbulência forjadas pela involuntária parceria entre ultraconservadores fardados incapazes de admitir a agonia do regime e oposicionistas sem paciência para avaliar o tamanho do perigo a um palmo do nariz. A anistia de 1979, por exemplo, descontentou a esquerda e açulou o ânimo beligerante da linha dura. E, à exceção de Tancredo Neves, revela Farhat, ninguém aceitou apertar a "mão estendida" por Figueiredo num dos primeiros discursos como herdeiro do trono.
Pena que Farhat não tenha detalhado as ameaças anônimas de que foi vítima, nem identificado claramente os liberticidas que seguiram em ação até a restauração da democracia. Mas os fatos que narra confirmam que, efetivamente, ele viu "o bastante para perceber quanto estivemos arriscados, mais de uma vez, a tudo perder". Farhat diz que lhe coube "verbalizar a vocação democrática do presidente e, sempre que encontrava caminho aberto, aprofundar razões, reduzir a escrito seu pensamento político, muitas vezes inexpresso". Fez muito mais do que isso. E foi muito além da repaginação que trocou João Baptista de Oliveira Figueiredo por João Figueiredo, demitiu os pesadíssimos óculos e, claro, mudou tanto a cor quanto o comprimento das meias.

 
Graças à insistência de Farhat, o oficial do Exército que chefiara em silêncio o Gabinete Militar de Emílio Médici e o SNI de Ernesto Geisel começou a conversar com jornalistas – e o país descobriu que o general caladão camuflava um presidente que falava até demais. Recorrendo a complicadas acrobacias semânticas, Farhat frequentemente teve de minimizar, traduzir ou revogar declarações que consolidaram o estilo de alguém que se definia como "rude e franco" .   Não foi fácil explicar por que o presidente preferia cheiro de cavalo a cheiro de povo. Ou por que daria um tiro na cabeça se tivesse de sobreviver ganhando salário mínimo. Ou, ainda, por que Figueiredo, depois de prometer a ressurreição da democracia num épico pronunciamento redigido por Farhat, brindou com a advertência famosa o jornalista que lhe perguntara o que faria se alguém se opusesse ao que havia prometido: "Eu prendo e arrebento".
Somados os governos aos quais serviu e o que chefiou durante seis anos, ninguém ficou mais tempo no Palácio do Planalto do que Figueiredo. Nunca foi feliz. Aceitou a contragosto a indicação para a Presidência, que qualificou sinceramente de "missão irrecusável". Para não repassar a faixa presidencial a José Sarney, que considerava "um traidor", deixou o palácio pela porta dos fundos. Longe do poder, enfurnou-se num apartamento no Rio de onde saía apenas para os fins de semana no sítio em Petrópolis ou para caminhadas solitárias no calçadão do Leblon. Quando percebia que alguém o reconhecera, evitava a interceptação com o mesmo drible: "Sou parecido com quem você está pensando, mas não sou ele". Até morrer, em 1999, perseguiu o desejo manifestado na entrevista concedida a Alexandre Garcia semanas antes de encerrar o mandato: "Quero que me esqueçam". Saïd Farhat preferiu esquecer o pedido, ouvir o apelo da história e lembrar o presidente que conheceu. O retrato produzido pelo livro ajuda a iluminar o começo da última etapa da viagem para longe das trevas.
*

 
 

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

HOJE NA TV - Para recordar







ABRE A BOLSA E FECHA A BOCA



2005 
 
Simone Vasconcelos diz que mensalão era pago em DINHEIRO -
http://www.pstu.org.br/nacional_materia.asp?id=3980&ida=21


"Fica claro que o que estava contabilizado como “empréstimo ao PT”, valores que o próprio partido nega que pegou emprestado, é uma denominação fantasma para acobertar o pagamento de propinas a parlamentares de diversos partidos, inclusive da oposição burguesa.

Apesar de não ter afirmado a existência do mensalão, as declarações de Simone são peças de um quebra-cabeça que forma uma inegável paisagem de corrupção, de desvio de dinheiro público feito pelo governo Lula, para garantir a aprovação no Congresso de suas medidas neoliberais."

 
2012
 
BELO HORIZONTE (MG) - Ex-diretora da agência de publicidade SMP&B e braço financeiro da organização de Marcos Valério, a secretária Simone Vasconcelos recebeu no primeiro semestre de 2010 quase meio milhão de reais da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), repassados por meio do Instituto Mundial de Desenvolvimento (IMDC), ONG investigada pela Polícia Federal por causa de saques em dinheiro suspeitos de dinheiro vivo  às vésperas das eleições de 2010.

A operadora do sistema de distribuição de recursos a políticos criado por Valério — conhecido como mensalão — recebeu o dinheiro por meio da VMB Locadora de Veículos, empresa que abriu com o marido, Dimas de Melo Braz, no fim de 2009, e de onde despacha desde quando virou ré no processo que será julgado esta semana pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A firma funciona em uma sala em um prédio comercial que está sempre fechada, em Belo Horizonte.  Segundo os vizinhos de andar, o marido de Simone passa no local apenas para buscar correspondências. Os advogados de Simone garantem que a empresa funciona sublocando veículos de outras operadoras, e que ela é “modesta”. Procurado pelo GLOBO, o IMDC primeiro negou ter contratado a empresa de Simone. Depois, voltou atrás dizendo que a contratou para ceder 157 veículos ao Minas Trend Preview, evento de moda realizado semestralmente pela Fiemg, com o apoio do IMDC.


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/brasil/braco-direito-de-valerio-recebeu-quase-meio-milhao-de-reais-da-fiemg-5637840.html#ixzz22KNHMdIP








 

terça-feira, 31 de julho de 2012

RESULTADO DO JULGAMENTO



 JULGAMENTO SERÁ TELEVISIONADO

Nos últimos dias têm sido feitas tantas tentativas de adiar o julgamento do mensalão que fica claro que o que querem os réus é mesmo não serem julgados,
contando com a prescrição de seus crimes.

 
 RESULTADO DO JULGAMENTO:  

CULPADOS - Quanto tempo os réus do mensalão podem ficar na prisão - http://exame.abril.com.br/brasil/politica/noticias/quanto-tempo-cada-reu-do-mensalao-pode-ficar-na-prisao

INOCENTES - Ficarão livres, mas seus nomes sempre serão lembrados com ligação ao caso do MENSALÃO.  Podem se livrar da prisão, mas não se livrarão da revolta que será provocada.  Principalmente se fizermos questão de lembrar sempre, sempre, sempre, sempre, sempre, sempre, sempre .............................

 
Recursos que foram usados ultimamente, na tentativa de se livrarem do julgamento que começará depois de amanhã  (dados retirados do artigo de Merval Pereira, na íntegra no final da página):

1- desmembrar e atrasar o processo;

2 - colocar o ministro Gilmar Mendes sob suspeição, incluindo-o em uma lista forjada de beneficiários do mensalão mineiro;

3 - pedido de vista do processo pelos advogados Márcio Thomaz Bastos e José Carlos Dias, sob a alegação de que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou na última semana um documento aos 11 ministros do Supremo ao qual a defesa dos réus não teve acesso.


4 -  alegarem ser inoportuno julgamento do mensalão durante o período eleitoral;

 
5 - a ministra do TCU Ana Arraes (ex-deputada federal e mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos) reverteu uma decisão anterior do próprio TCU ;

6 -  Foi aprovada uma lei, cinco anos depois do fato acontecido, com o objetivo de legalizar a posse do dinheiro na tentativa de descaracterizar o uso do dinheiro público no esquema do mensalão.


Pressões, por Merval Pereira
É um sinal de que fez bem o Supremo Tribunal Federal em não desmembrar o processo, pois, sendo a última instância de nosso sistema judiciário, a decisão que sair de seu plenário é irrecorrível.

Se, com todos os cuidados tomados pelo relator Joaquim Barbosa para não atrasar o processo, ele levou cinco anos para chegar ao julgamento, imagine se a maioria dos processos estivesse tramitando a começar pela primeira instância do Judiciário.

Isso sem falar da tentativa rasteira de colocar sob suspeição o ministro Gilmar Mendes, incluindo-o em uma lista forjada de beneficiários do mensalão mineiro. Manobra tão primária que o suposto autor da lista, o empresário Marcos Valério, negou sua autenticidade em nota oficial.


A mais recente manobra da defesa é o pedido de vista do processo pelos advogados Márcio Thomaz Bastos e José Carlos Dias, sob a alegação de que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou na última semana um documento aos 11 ministros do Supremo ao qual a defesa dos réus não teve acesso.

Os advogados usam a justificativa de que a defesa tem a última palavra e precisam tomar conhecimento do que diz Gurgel para apresentar o contraditório.

Vários advogados consultados, no entanto, consideraram a manobra meramente procrastinadora, com pouquíssimas chances de ser acolhida.

O memorial que o procurador-geral Roberto Gurgel enviou aos ministros não é anexado aos autos e, portanto, não é um “novo documento” que precise ser analisado.

É comum os advogados fazerem tais memoriais às vésperas dos julgamentos, para facilitar o trabalho dos juízes, razão também alegada por Gurgel.

Um advogado lembra que todos os réus do mensalão fizeram seus memoriais e os distribuíram não apenas aos juízes do Supremo, mas também a diversos advogados e formadores de opinião.

O do ex-tesoureiro Delúbio Soares foi feito pelo advogado Arnaldo Malheiros. Já o ex-ministro José Dirceu, acusado pela Procuradoria Geral da República de ser o “chefe da quadrilha”, tem 16 páginas em papel cuchê.

Antes da tentativa dos advogados dos réus, outros cinco advogados de São Paulo, ligados ao PT, mas sem atuação direta no caso, haviam enviado à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, um manifesto no qual defendem que é inoportuno julgar a ação do mensalão durante o período eleitoral, alegando “desequilíbrio, em desfavor dos partidos envolvidos”, pelo fato de que as sessões do Supremo serão televisionadas, e o assunto será tema dos meios de comunicação justamente durante a campanha eleitoral.

 
Como o assunto já foi, por óbvio, devidamente analisado pelo plenário do Supremo, que não viu impedimento para marcar o julgamento a começar nesta quinta-feira, dia 2, esse é outro movimento que se destina mais a pressionar o Tribunal do que a ter efeito prático.

Outra pressão externa sobre o Supremo veio nada menos que do Tribunal de Contas da União.  Surpreendentemente, com base em uma lei aprovada em 2010 e às vésperas do início do julgamento do mensalão, a ministra do TCU Ana Arraes (ex-deputada federal e mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos) reverteu uma decisão anterior do próprio TCU e considerou legais os contratos da agência de publicidade DNA, empresa de Marcos Valério, com o Banco do Brasil, mesmo não tendo o empresário mineiro devolvido os “bônus de volume” como previsto.

Para o advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, a nova decisão do TCU, atestando a legalidade da apropriação do bônus, deve ser analisada pelos ministros do STF.

O TCU havia constatado anteriormente que a agência de Marcos Valério não fazia o repasse dos “bônus” ao Banco do Brasil, embora essa obrigação estivesse estipulada em contrato, dando prejuízo aos cofres públicos de mais de R$ 106 milhões.

Esse dinheiro era uma das fontes do valerioduto que financiou o mensalão. O objetivo da lei aprovada cinco anos depois do fato acontecido é justamente legalizar a posse desse dinheiro pela agência de publicidade e tentar descaracterizar o uso do dinheiro público no esquema do mensalão.

A manobra é tão acintosa que o próprio procurador do TCU está recorrendo contra a decisão. Como o TCU é um órgão auxiliar do Congresso, e não um membro do Poder Judiciário, essa manobra caracteriza-se como uma jogada político-partidária e provavelmente não terá efeito direto na decisão dos juízes do Supremo.








CANALHICE É UMA DOENÇA CONTAGIOSA


No grupo do Facebook TENHO NOJO DE LULA, surgiu, repentinamente, um defensor dos mensaleiros, chamado Rori Gustavo Contino  (basta acessar o endereço acima da página e constatar).

Como canalhice é uma doença altamente contagiosa, que provoca até mesmo câncer (vide L.I., Chaves, Lugo, Orestes Quércia e outros), para evitar possíveis problemas ele foi imediatamente retirado.

 
NOTA:  Todos têm direito de acreditar e defender o que bem quiserem. Entretanto, quando o fazem publicamente, estão provando que além de acreditar no que dizem, não sentem constangimento algum em fazê-lo.  Por outro lado, da mesma forma que uns têm direito de dizer o que querem, os outros, caso queiram, têm todo o direito de constestar.

 
 
 

Artigo de FHC - Para que são feitas as leis?



Em artigo publicado no jornal, FHC comenta sobre a necessidade de os brasileiros ficarem atentos ao julgamento do mensalão, que começará depois de amanhã e será televisionado.

Dentre outras coisas, diz ele que "juízes julgam pelas leis", embora devam considerar a opinião pública.  

FHC esqueceu apenas de dizer o mais importante:  AS LEIS SÃO FEITAS PARA ATENDER AS NECESSIDADES DA SOCIEDADE, portanto, ao julgar baseados nas leis estarão julgando baseados na opinião popular.


QUE O STF JULGUE DE ACORDO COM A OPINIÃO PÚBLICA  OU, ENTÃO, ADMITA QUE AS LEIS NÃO SÃO FEITAS PARA ATENDER A POPULAÇÃO.






segunda-feira, 30 de julho de 2012

Hora da Verdade - Ricardo Noblat


Filho, filho meu,
existe alguém mais salafrário do que eu?


"O julgamento dos mensaleiros é também o julgamento de L.I. e do PT.
O JULGAMENTO marcado para começar nesta quinta-feira não revelará o PT que temos por que esse já sabemos qual é. Revelará o STF que temos."


Hora da Verdade, por Ricardo Noblat
Já valeu!  No país da jabuticaba e do jeitinho, do esperto que leva vantagem em tudo e da impunidade que beneficia os mais influentes e endinheirados, dá gosto ver 38 notáveis do governo passado enfrentando anos de incerteza quanto ao seu futuro próximo.  Na condição de réus são acusados pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, peculato, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta.  Acabarão condenados?  Foram condenados, embora possam ser absolvidos pela Justiça.
Lembra-se de Fernando Collor? 
ACUSADO DE CORRUPÇÃO, Fernando Collor renunciou ao cargo de presidente para escapar do impeachment no Senado. Ignorou-se sua carta-renúncia. Decisão política, meus caros!  O mandato de Collor foi cassado por larga margem de votos. Mais tarde, o Supremo Tribunal Federal (STF) o absolveu por falta de provas de que prevaricou.

MUDOU A SITUAÇÃO de Collor? Ele passou a ser apontado como uma triste inocente vítima de escandalosa injustiça?  Collor pode se reeleger senador em seu Estado quantas vezes queira ou quantas os alagoanos desejem. E ser tratado pelos poderes da República com as mesuras reservadas a todo ex-presidente.  Pouco importa. Daí não passará.   Está escrito com tinta irremovível na memória coletiva que ele deixou roubar antes e durante o seu governo. E que desfrutou do roubo. Isso é suficiente para impedi-lo de sonhar com a recuperação da sua imagem.
AS PRERROGATIVAS dele são iguais às dos seus colegas.  Nem por isso Collor é igual a eles.  O "caçador de marajás"  foi uma fraude.  Hipnotizou a maioria dos brasileiros ansiosos por mudanças.  Os candiedatos da mudança foram para o  segundo turno.  Collor venceu L.I. (OBSERVAÇÕES: 1  - perdão ao repórter pela impossibilidade de escrever da mesma forma que colocou em seu artigo - vai o L.I. mesmo;  2  - quem tem o carisma que afirmam ser característica de L.I. jamais perderia quatro eleições seguiidas, como foi o caso de L.I.; há uma diferença muito grande entre ter carisma e saber manipular as mentes obscuras através da mídia).

POR QUE L.I. , que considerou 'prática inceitável' o suborno de parlamentares, confessou sentir-se traído por antigos companheiros e foi à televisão pedir desculpas, por que ele agora se refere ao mensalão como uma farsa montada com o propósito de derrubé-lo?  O que o fez mudar de lado?

NÃO VALE responder que L.I. é uma 'metamorfose ambulante'.  A verdade - ou algo parecido: o julgamento dos mensaleiros é também o julgamento de L.I. e do PT.  Lula quer ser lembrado como o "pai dos pobres". Não como o chefe dos mensaleiros. Nem dos aloprados. Nem...

O JULGAMENTO marcado para começar nesta quinta-feira não revelará o PT que temos por que esse já sabemos qual é. Revelará o STF que temos. Um STF capaz de ignorar o clamor popular pela condenação dos acusados - e assim afirmar sua independência. Ou um STF capaz de ouvir o clamor - e assim dar o basta mais forte à impunidade.

DA REDEMOCRATIZAÇÃO do país para cá, dois dos três poderes da República se viram expostos a sucessivas avaliações da sociedade – o Executivo e o Legislativo. Esse último foi reprovado todas as vezes.  Chegou a hora do Judiciário, o poder mais refratário a qualquer tipo de exame . O mais fechado. O mais autocrático.  Oremos!