VIOLÊNCIA NA CINELÂNCIA EM 29 de Março de 2012
"Paro nas escadas do metrô, e mostro ao “câmera man” da Band,
minha etiqueta
grafada “IMPRENSA” e o resultado,
em mim produzido, pelas agressões dos
manifestantes.
ISSO não foi publicado em lugar algum."
... Ao fazer a cobertura jornalística, pela então “Rede Mobiliza”, de um evento em formato de painel de debates, sobre Liberdade de Expressão, contando com as presenças do então presidente do Instituto Millenium, Paulo Uebel (hoje fora do Brasil e substituído por Priscila Pereira Pinto), Generais da reserva que comandam a Revista do Clube Militar, Reinaldo Azevedo e Merval Pereira, fui cadastrada pela Revista do Clube Militar como jornalista. Então, recebo todos os convites para os eventos de mesmo tipo.
No dia 21 de Março de 2012, recebi em minha caixa de
entrada, um convite para um evento promovido pelo Clube Militar. Honrada,
agradeço pela compreensão, respeito e parceria, do General Ex. Renato Tibau da
Costa, presidente do Clube, que assina o convite.
Aqui, a imagem do CONVITE que recebi por e-mail
Independente do viés político, qual brasileiro que tenha um
compromisso com a verdade não se interessaria em comparecer e cobrir um evento
como o descrito no Convite? Eu é que não! Interessei-me, e muito, e confirmei
minha presença assim que consegui! Pela primeira vez, as “portas dos militares”
estavam abertas ao público para que fossem feitas as perguntas que queremos
fazer há tanto tempo. E os militares responderam! Sem, inclusive, intenção de
defesa de seus atos. Confessaram a ditadura, comentaram ações de prisão e
interrogatório. Claro, de acordo com a versão deles.
O que me chamou atenção, porém, foi uma fala do hoje
jornalista Aristóteles Drummont: “Os militares estão expondo sua versão. Mas
será que vocês conseguirão o mesmo da guerrilha?”
Não! A Guerrilha não fala. O que fala, é com orgulho! Como
se tivessem salvado o país do bicho papão. Vale matar para salvar? Não! De lado
nenhum! Mas por que somente um dos lados assume suas mortes?
Ainda de acordo com meu compromisso com a verdade, fiz a
cobertura em tempo real, pelo twitter, daquilo que VI e VIVENCIEI. E divido,
aqui com os leitores, sem qualquer pretensão de tomar partido. Tomei partido de
mim mesma, agredida, ontem, pelos manifestantes que se diziam pela “Liberdade”.
E a minha liberdade, que eles tentaram tirar?
Vamos aos fatos
Cheguei à Avenida Rio Branco, no Centro do Rio de Janeiro,
exatamente às 14:48 horas, do dia de ontem. Não significa que cheguei ao Clube
nesse horário, uma vez que a Avenida já estava tumultuada com uma manifestação
NÃO PACÍFICA. Demorei aproximadamente 40 minutos para conseguir chegar até o
Estacionamento da Cinelândia.
Ao colocar os pés na calçada em frente ao Clube Militar,
comecei a ouvir gritos de “sanguinária, assassina, ditadora....” e outros nomes
menos próprios ainda, apenas por tentar entrar, informando ser da imprensa, no
Clube para cobrir o evento. Lembrando, meu nascimento ocorreu em 1979 e eu sou
CIVIL.
O Policial Militar a quem pedi licença para entrar,
informou que não estava autorizado a deixar que ninguém mais entrasse, uma vez
que os manifestantes estavam tentando agredir às pessoas. Imediatamente,
aproximadamente 7 fotógrafos bateram fotos e mais fotos minhas, não sei com qual
objetivo.
Então, o policial me instruiu a pedir autorização a alguém
de dentro do Clube. Devidamente autorizada e instruída a entrar pela rua Santa
Luzia, na lateral do prédio, pedi ao policial que me oferecesse um pingo de
proteção, para que eu pudesse, sem ser mais agredida (eles nos atingiam com as
bandeiras dos partidos), a tirar fotos da multidão que bloqueava a entrada da
Rio Branco, do Clube Militar.
Faço a volta, acesso o Clube pela rua Santa Luzia, e vejo,
logo em sequência, a chegada do General Nilton Cerqueira. Este, levou uma chuva
de ovos, que chegaram a ser jogados em mim também, mas tive sorte e MUITA
proteção da Polícia! Muita mesmo! Ontem quem apanhou por mim, foram os oficiais
da Polícia Militar! Obrigada, senhores!
Ainda no térreo, aguardo o elevador para subir ao quinto
andar, onde acontecia o Painel de debates. Com a chegada do General Nilton
Cerqueira, os manifestantes se inflamaram mais, e quase romperam a barreira
policial. Um dos generais então presentes no andar térreo, em desespero, grita:
“Por favor, SAIAM DAQUI!”, para nós, que aguardávamos o elevdor. Cumpri a ordem,
subi um lance de escada e tomei, então, o elevador até o quinto andar, partindo
do segundo.
Suada, suja de respingos de ovos, cansada, chego ao evento,
e encontro todos sentados, a grande maioria de idosos, muita ordem e MUITA, mas
MUITA, cordialidade dos representantes do Clube. Agradeço à Ana, Katia e Denise
pela sempre IMPECÁVEL recepção e colaboração. Quanto ao General Tibau, sempre
agradeço! É um homem de honra!
FINAL DA HISTÓRIA DE VIOLÊNCIA NO SITE
A
Quem se diz contra a violência,
jamais será violento.
A NÃO SER QUE ESTEJA MENTINDO.