Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos,
porque a história de nossos políticos
pode causar deficiência moral irreversível.

É a vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida pública.


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

"Abrimos aqui nossas bocas pelas teclas de nossos computadores."

 
 
 “Livre pensar é só pensar”  (Millôr)
"Pensar é ser livre." (Marcos Pontes)
 
 
Só mesmo quem foi completamente livre durante a maior parte de sua vida,
sabe o enorme valor que tem a liberdade.


 
Apresentação
“Brasileiros 2.1 – De boca aberta
 
 
 
Entre duzentos milhões, somos apenas vinte e um.  Dos 27 estados da União e o Distrito Federal, estamos em 8. Somos poucos, mas não somos o pequeno exército de Brancaleone. Não somos escritores profissionais, jornalistas renomados e nem expoentes aclamados no país inteiro dentro de nossas áreas de atuação.  Somos brasileiros comuns.
 

Por que, para que e como, então, juntar nessas páginas cidadãos tão diferentes e distantes?  Temos algo em comum: o gosto pelo noticiário político nacional, a evolução (?) do nosso quadro político, desejo e respeito pelas instituições democráticas, o aprimoramento da máquina estatal, a esperança por uma reforma política profunda e não apenas as maquiagens casuísticas tecidas de tempos em tempos para fortalecer ou enfraquecer esse ou aquele político ou partido.
 

Reconhecemos de longe o mau cheiro dos vício de nossa política político-partidária, dos conchavos imorais acordados no escurinho suspeito dos gabinetes, dos escritórios, das salas inacessíveis por mortais cidadãos nos palácios.  Mas não passamos de manipuláveis e manipulados pagadores de impostos a quem são dados apenas dois direitos” pelos mandatários desse enorme feudo dividido em capitanias hereditárias chamado Brasil: pagar e esperar. Pagamos por tudo, da “certidão para nascer à concessão para sorrir”, como cantou Chico Buarque (na página acima, música e letra).  Pagamos por tudo (*) e pelo quase nada que recebemos em troca. Pagamos pela educação universal de qualidade que nos é devolvida em escolas mal arrumadas, professores mal preparados, diretores eleitos ou indicados entre os muitos que não querem envolver-se em política ou com as dores de cabeça que o cargo oferece em troca de um falso status quo. O que leva quem pode a pagar de novo para que os filhos tenham uma instrução menos ruim.
 (*) Pagamos até mesmo pelo direito de estacionar nosso carro na rua ... quando encontramos alguma vaga
 

Pagamos pela  saúde universal e de qualidade e recebemos corredores cheios, médicos mal remunerados, filas seculares para se conseguir exames clínicos ou laboratoriais que deveriam ser rotineiros, abnegados socorristas insatisfeitos com seus salários e condições de trabalho.  Falta de medicamentos e de equipamentos.  O que leva a classe média que tenha condições financeiras (ser classe média não significa ter conforto financeiro da mesma forma que eleições não significam democracia, a despeito do que possa pensar, e pensa, a massa desavisada que não se dá ao trabalho de analisar as informações que recebe diariamente em rasos telejornais ou conversas de botequim) a contratar planos privados de saúde suplementar escorchantes tanto quanto os quase 405 de impostos religiosamente cobrados pelos governos das três esferas. (OS IMPOSTOS QUE AVIDAMENTE NOS SÃO COBRADOS SÃO DESVIADOS DE MANEIRA INDECENTE)
 

 
Pagamos pela manutenção das vias de transporte terrestre, aéreo, fluvial ou marítimo, mas temos que complementar com taxas de embarque, pedágios, bilhetes e seja lá o que de mais inventarem.  O transporte urbano de massa é tão inapropriado e ineficiente para as realidades regionais em quanto eu, para agradar a indústria automobilística, grande financiadora de campanhas eleitorais, impostos, impostos são reduzidos, o crédito é facilitado e as financeiras bancam sem grandes empecilhos a compra de automóveis que as ruas e estradas tornam-se aglomeradas de veículos habitados por um único usuário, levando um cidadão a ocupar, sozinho, em média, 6 m2  de área para locomover-se, uma vez que a segurança caótica na maior parte das cidades, evitando-se a  prática saudável da carona solidária, mote de altas campanhas publicitárias no final da década de 70 e início da 80 do século passado.  Nunca se sabe se o sujeito no banco ao lado agradecerá a carona ou roubará seu carro ao final do trajeto. 
LEMBRAM DO CASO DAQUELE SENHOR QUE FICOU FELIZ AO COMPRAR UM CARRO A PRESTAÇÕES A PERDER DE VISTA QUE, LOGO DEPOIS, VIU SUA CASA DESABAR?  Comprou o carro em ótima hora é verdade. Pena que dentro dele não caiba cama, geladeira ou TV

Não nos reunimos neste livro por conta de nossas afinidades político-ideológicas ou partidárias.  A nenhum foi perguntado em quem votou, se tem filiação partidária ou em quem votará nas próximas, se  gosta deste ou daquele político, onde mora ou onde ou onde não moraria, qual sua cor de pele (que os imbecis chamam de raça), credo religioso, orientação/opção sexual, aparência física ou seja lá o que for, para fazer parte deste projetinho despretensioso.  Dois foram os pré-requisitos: saber escrever e conhecer a realidade nacional. 

Cada co-autor escolheu o subtema a explorar e o resultado demonstra que há muito a ser dito sobre o Brasil pelos brasileiros.Fala-se aqui sobre ideologia, legislação sobre licitações, a nova esquerda ou quase isso, as redes sociais e sua influência na política nacional, defesa nacional, a história política nacional, a ausência da participação popular nas decisões políticas, cidadania, a falsa democracia, a negativa do cidadão sem má índole em candidatar-se, política nacional propriamente dita, a corrupção lulo-petista como política de estado,educação, o modismo como lavagem cerebral da massa, as mentiras e os perigos cíclicos, voto distrital, o voto obrigatório, a utópica igualdade, a ausência dos valores morais e mais uma infinidade de subtópicos.
 

Não há aqui pretensão de ensinar ou impor idéias ou ideologias, convencer ou dissuadir, brigar ou pacificar, ofender ou agradar, concordar ou discordar, enaltecer ou destruir.  Tudo o que  queremos é falar. Exercitamos nessas páginas nosso sagrado direito de livre pensar, livre expressar.  Daí o subtítulo da obra: “De boca aberta”.
 

Abrimos aqui nossas bocas pelas teclas de nossos computadores. Não para comer, beijar, morder ou cuspir, mas, tão somente, para  falar.  E continuaremos falando mesmo depois do leitor olhar para a contra capa depois da última página do último texto.  Mesmo depois deste livro passar a adormecer esquecido em alguma prateleira empoeirada ou ser emprestado sem esperando do dono de vê-lo devolvido ou mesmo que ele jamais seja aberto para a leitura. Continuaremos pensando, analisando e lendo, seguindo a dica antiga de Millôr Fernandes, um daqueles poucos que sabiam pensar por conta própria: “Livre pensar é só pensar”, ao que acrescentaria: Pensar é ser livre. Isto não pode ser enclausurado e ainda paga impostos.  O livro, sim, paga impostos, mas não o que nele está escrito e isto é liberdade.
 

Pense, leitor.  Mas não guarde para si.  De nada vale uma boa ideia ou o mais genial pensamento se não lhe for dado o livre caminho do som ou do papel para que se espalhe.
 

Marcos Pontes
Coordenador e idealizador do livro
“Brasileiros 2.1 – De boca aberta

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