Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos,
porque a história de nossos políticos
pode causar deficiência moral irreversível.

É a vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida pública.


sábado, 17 de setembro de 2011

Pompa e vaias



Como era previsível, deixar a presidência e, consequentemente,  perder as pompas e circunstâncias relativas ao cargo, é muito doloroso para o ego de L.I.

Nos últimos tempos, seu desespero vai se aliando a uma espécie de debilidade  (junto com a grande amizade e favores da Odebrecht),   que o faz aparecer  em  inaugurações, assinaturas de contratos,  entrevistas e palpites sobre o governo, aparecer em fotos nos jornais com súditos à volta como se ainda fosse presidente eda república.

Mal acostumado,  L.I. despirocou.   Porém, aos poucos, as pessoas começam a reagir e tratá-lo como gostariam, sem  que antes tivessem coragem.   Parece que, depois de tantos anos de ditadura, também estão muito mal acostumadas e ainda se acanham, quando não deveriam.

 
É fácil perceber isso  na reportagem abaixo, que saiu hoje no jornal. Sem contar que, nos últimos tempos, não é a primeira vez que L.I. recebe merecidas vaias .

SANTO ANDRÉ (SP) - O ex-presidente Lula perdeu a paciência nesta sexta-feira com jovens do movimento estudantil, que vaiaram o ministro da Educação, Fernando Haddad, seu candidato à prefeitura de São Paulo pelo PT. Com cartazes e faixas reivindicando 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, cerca de 20 estudantes gritaram palavras de ordem e vaiaram os políticos presentes ao aniversário de cinco anos da Universidade Federal do ABC (UFABC), em Santo André. Lula era um dos homenageados pela reitoria e teve de ouvir alguns jovens gritando "é tudo mentira" a cada feito de sua gestão narrado por ele. 

- Gritar é bom, mas ter responsabilidade é muito melhor - disse ele, que afirmou: - Se tem uma coisa que aprendi a respeitar é o direito de as pessoas reivindicarem, porque, se não fosse assim, eu não seria presidente da República. 

Outro grupo de 30 estudantes, numa plateia de 500 pessoas, carregava cartazes de apoio à greve de professores e acabou levando bronca do ex-presidente:  - Se eu tivesse medo de greve, eu não teria feito as maiores e as melhores do país.  (vejam o caso abaixo: Greve é bom, mas depende...) 

Sobre o percentual para educação, Lula usou como exemplo a história de um filho que briga com a mãe porque quer R$ 10 para sair à noite e a mãe não tem o dinheiro. A comparação irritou os estudantes:  - A mãe pode não ter dinheiro, mas hoje o governo tem - disse Rafael Nascimento, de 18 anos, da Assembleia Nacional dos Estudantes Livres (Anel).

Chamados por Haddad de estudante do PSOL e PSTU, os jovens disseram que não vaiaram a pessoa de Lula, mas "as políticas de hoje" e se disseram contrários ao ministro da Educação:
O ex-presidente defendeu Haddad e disse: 

- Precisamos caminhar para ter 10% do PIB na Educação e ter uma parte do pré-sal (para o setor). Mas essas coisas não acontecem porque o cidadão se sente no direito de gritar. Essas coisas são construídas.

Greve é bom, mas depende...
- caso verídico, que está no livro Viagens com o Presidente -

Em 2006, ano eleitoral, durante um vôo L.I. chamou um auxiliar para uma rápida conversa. Queria saber quais seria a chance de ocorrerem greves em alguma categoria de servidores federais.
-Meu caro, onde você acha que pode ter greve neste ano? – perguntou, ainda muito docemente, ao seu subordinado.
L.I. começou a perder a paciência, assim que ouviu o INCRA e o IBAMA como resposta. Uma paralisação na autarquia da reforma agrária poderia atrapalhar a relação presidencial com o MST.

"-Puta que o pariu, assim não dá, porra!" – esbravejou o ex-sindicalista que passou a maior parte do tempo de ‘trabalhador’ incentivando os operários a entrarem em greve.

Agora, um vídeo para distrair
- enviado pelo amigo TOM -

 
 Montagem

Inteligência e esperteza


A 'adoração' inexplicável por L.I. lembra o caso de um advogado que era admirado por quase todos no ambiente de trabalho, principalmente por ele mesmo.   Corria uma crença de  que sua extrema inteligência e intelectualidade  o levavam a ser um insatisfeito, provocando todo aquele relaxamento, a incompetência e até mesmo a burrice que era vista como inadaptação. 

O  que faz uma determinada idéia - totalmente desconexa - vir como uma avalanche  e destruir o raciocínio lógico de todos ao mesmo tempo e  da mesma forma?  Uma idéia que chega de tal maneira,  que, até mesmo quem consegue ficar imune, chega a pensar, no início,  que ela é quem não consegue raciocinar ou enxergar direito.

O engano do jornalista Nêumane.

Nas entrevistas em que Nêumane comenta sobre seu livro  - O QUE EU SEI DE LULA - por diversas vezes ele se refere a L.I. como uma pessoa muito inteligente.  Engano.  L.I. não é inteligente, é apenas esperto, muito esperto.


A diferença entre inteligência e esperteza

Inteligência - pode ser definida como a capacidade de resolver situações problemáticas, novas, mediante reestruturação dos dados perceptivos.
Esperteza - entre as mais diversas definições, é considerada a capacidade maliciosa de adaptar-se habilmente a situações adversas, tirando proveito da situação. Este aproveitamento é considerado por muitos  como inteligência e criatividade.  Wikipédia



"Podemos definir o esperto como aquela pessoa
que tem inteligência prática cuja referência é seu ego
(como ganhar vantagem ou superar um obstáculo,
proteger-se ou obter o que se quer).
Na vida diária a esperteza é essencial para a sobrevivência,
mas deixada a si só ela se transforma facilmente em “malandragem”.

Adriana Tanese Nogueira
psicoterapeuta e escritora



sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Prazo de validade vencido




Em 27 de janeiro 2010,  ao criticar, mais uma vez, os partidos de oposição que, segundo ele, derrubaram a CPMF para prejudicar seu governo,   L.I. disse que  "... a desgraça da política é porque o político deveria ter carimbado na testa aquele prazo de vencimento".



No mes passado, para justificar seu empenho em  transformar Fernando Haddad em Prefeito de São Paulo, L.I. alegou que São Paulo precisa de algo novo. 

Vamos fazer de conta que acreditamos nesse novo L.I. que sempre se juntou ao que há de mais encruado na política nacional.  Como é o caso dos seus amigos de vida pública, que só não criaram calo no traseiro porque pouco ficam sentados em suas cadeiras  'de trabalho'.






Quanto a L.I., o marketeiro, por que motivo ele gosta tanto de direcionar os idiopatas a escolherem candidatos desconhecidos?   Nesse estilo desenchabido Dilma-Haddad, duas figuras que nunca participaram de qualquer eleição e jamais sentiram a aprovação e o conhecimento popular?


Ao dizer, cheio de convicção, que São Paulo  precisa de algo novo, o marketeiro L.I. atropela a realidade, pois todo o Brasil precisa de coisa nova, de gente nova.   Políticos novos, para dar fim à senilidade mental que se abateu sobre a honestidade brasileira.


Enquanto houver uma única laranja podre,
todas as outras ficarão igualmente estragadas.
O que está apodrecido deve ir para o lixo. 



quinta-feira, 15 de setembro de 2011

TUDO O QUE SOBE, UM DIA DESCE, como disse o Poloni.


Comentário enviado por email sobre erro no artigo:
 Nelson Jobim não perdeu o cargo
de Ministro da Defesa por falcatruas. Osório

Ainda mais quando se trata desses polÍticos octogenariamente pendurados.  Em casos como Pedro Novaes ou José Ribamar Sarney,  por exemplo,  nem Viagra consegue reerguer.


Pedro Novais, é o quinto ministro que deixa o cargo no governo Dilma Roussef pelo envolvimento em falcatruas.   Outros que, em pouco menos de nove meses, saíram do atual governo também por causa de FALCATRUAS:  Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Nelson Jobim (Defesa) e Wagner Rossi (Agricultura).   Sem contar com o troca-troca que tirou  Ideli Salvatti  do ministério da Pesca e a colocou nas Relações Institucionais, dando  'a pesca'  para Luiz Sérgio.
A importância do ministério do turismo está numa entrevista de Pedro Novaes em que ele fala, cheio de pompa e arrogância, sobre uma portaria de seu ministério que determina a Classificação Hoteleira.  Num país em que não funciona a saúde nem a educação - por inoperância e interesses escusos - como é possível L.I. criar um ministério para cuidar deste tipo de problema nacional?  Que chamem o Guia 4 Rodas.

QUEM ESTÁ COM A VASSOURA NA MÃO

Em seu artigo, Augusto Nunes diz que a faxina, aparentemente feita pelo governo Dilma,  está fazendo, mesmo, é pela imprensa independente e pelo Brasil que lê.


“Uma baixa a cada 25 dias é uma proeza de bom tamanho.
Mas a presidente Dilma Rousseff não tem nada a ver com a medalha de ouro.
A marca foi estabelecida em parceria
pela liberdade de imprensa e pela indignação do país que lê.

Numa entrevista na TV, Dilma teve a coragem de confessar, que, se dependesse dela, nenhum ministro seria demitido.  Em sua lógica, o jornalista diz que  "as ações de despejo vão prosseguir porque a imprensa independente seguirá publicando a verdade. E mais despejos serão consumados porque, como alerta uma das frases emblemáticas do movimento contra a corrupção, os padrinhos dos bandidos de estimação podem muito, mas não podem tudo.

VAMOS À MOVIMENTAÇÃO DIA 20
terça-feira, 13 de setembro de 2011


 A desonestidade de Pedro Novaes em seis tempos:
Farra no motel com dinheiro público - Pedro Novais, então deputado federal, pediu ressarcimento de R$ 2.156 à Câmara por gastos em um motel de São Luís (MA), 2010. Acuado –e só por isso - Novais ressarciu os cofres públicos. Apesar da falta de honestidade evidenciada, além de não sofrer nenhum tipo de punição, ainda ganhou, de presente, o ministério ... da pesca.  Noticiado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”

Operação Voucher  O secretário-executivo do ministério, Frederico Costa da Silva, e o ex-presidente da Embratur, Mário Moysés, recebiam propina em dinheiro do grupo acusado de desviar recursos da pasta. Trinta e cinco pessoas foram presas na Operação Voucher da Polícia Federal, no dia 9 de agosto, todas suspeitas de desviar recursos da pasta por meio de emendas parlamentares. O dinheiro desviado chega à casa de R$ 10 milhões. A ONG Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável) e o Instituto Brasileiro de Hospedagem estão envolvidas no caso.

Motorista da esposa de Pedro Novaes -
Um  funcionário da Câmara presta serviço como motorista particular à esposa de Novais,  O funcionário Adão Pereira foi contratado pelo gabinete de Francisco Escórcio (PMDB-MA), mas nunca trabalhou com o deputado.  Foi exonerado na terça-feira.


O caso da governanta - Pedro Novaes usou, durante sete anos, a verba de gabinete parlamentar para pagar o salário de sua governanta.   Outra notícia da Folha de S. Paulo.   Como era feita a mutreta no caso da governanta: foi contrata como  ‘recepcionista’  por uma empresa terceirizada do Ministério do Turismo logo que Novais assumiu os
encargos turísticos;   trabalhava no apartamento de Novais em Brasília, mas recebia como secretária parlamentar.  

Telefonema suspeito com Fernando Sarney:  Novais pedia ajuda ao filho de Sarney para beneficiar um de seus aliados políticos na Justiça Eleitoral.


Empresa de fachada

Em 2010, ainda deputado federal, Pedro Novais destinou R$ 1 milhão para uma empresa de fachada construir uma ponte no município de Barra Corda (MA). As informações foram publicadas no jornal Folha de São Paulo, em agosto deste ano.


Adaptação



Ferra Mula: saúde física, não moral, dos políticos.

Senadores e deputados têm plano de saúde ilimitado
e até quem não se reelegeu tem direito a usar

Obversação no blog do Ferra Mula: ''Convênio do Senado bancou, por exemplo, importação de coração de R$ 833 mil para Tuma''. Tuma foi tão 'ingrato' que morreu logo depois de tanto gasto.


Artigo completo no blog do Ferra Mula

Enquanto 73,7% dos brasileiros
sofrem nas filas do SUS (Sistema Único de Saúde)
e outros 26,3% brigam com seu plano médico,
segundo dados do IBGE,
cuidar da saúde está longe de ser um problema
para os políticos que batem cartão no Congresso Nacional.

X

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

OU MELHORA A SAÚDE DO POVO ...


...OU PIORA A DELES.


 

 
Única forma de consertar a área da Saúde no Brasil: OBRIGAR todos os políticos a se tratarem com médicos no SUS.   Todos serão OBRIGADOS a encerrar quaisquer Planos de Saúde e deixarão de receber tratamento médico  'diferenciado'  em relação ao povo que os elegeu.

 
Não haverá necessidade de mais CPMF
e ao menos o dinheiro destinado a essa área deixará de  ser desviado.

A Saúde ficará perfeita em pouquíssimo tempo,
sem necessidade de 'remédios'.

  

Objetivos da CPMF no meio político  

- Dos FAVORÁVEIS À CPMF:  fazer o brasileiro acreditar que o problema na área da saúde se deve à falta de dinheiro e não à falta de respeito dos políticos em relação ao povo;

- Dos  QUE  RECUSAM  FALSAMENTE O RETORNO DA CPMF:  angariar simpatizantes.  A CPMF não será mais uma simples queda-de-braço, em que o estúpido eleitor é quem perde.


terça-feira, 13 de setembro de 2011

'Convite musical' com direito a Reinaldo Azevedo

Cinelândia - Dia 20, a partir das 18h30m


Com participação do TOM


Depois dos protestos em várias cidades contra a patifaria política, no último dia 7,  o Rio de Janeiro já prepara um grande encontro no próximo dia 20, apartir das 17h, na Cinelândia. 

Não será permitida a participação de partidos políticos.
Todos de verde, amarelo ou branco!!!".

Por Reinaldo Azevedo:
No dia em que milhares de brasileiros saíram às ruas para protestar contra a corrupção, a UNE não saiu, não!  É que a UNE estava contando dinheiro. O governo petista já repassou aos pelegos mais de R$ 10 milhões e vai dar outros R$ 40 milhões para eles construírem uma sede de 13 andares, que serão ocupados pelo seu vazio de idéias, pelo seu vazio moral, pelo seu vazio ético.
No dia em que milhares de brasileiros saíram às ruas para protestar contra a corrupção, a CUT não saiu, não!  É que a CUT estava contando dinheiro.  O governo petista decidiu repassar para as centrais sindicais uma parte do indecoroso imposto cobrado mesmo de trabalhadores não-sindicalizados. Além disso, boa parte dos quadros das centrais exerce cargos de confiança na máquina federal.
No dia em que milhares de brasileiros saíram às ruas para protestar contra a corrupção, o MST não saiu, não!  É que o MST estava contando dinheiro.  O movimento só existe porque o governo o mantém com recursos públicos. Preferiu fazer protestos contra a modernização da agricultura.
No dia em que milhares de brasileiros saíram às ruas para protestar contra a corrupção, os ditos movimentos sociais não saíram, não!  É que os ditos movimentos sociais estavam contando dinheiro.  Preferiram insistir no seu estranho protesto a favor, chamado “Grito dos Excluídos”. Na verdade, são os “incluídos” da ordem petista.
Os milhares que saíram às ruas, com raras exceções, não têm partido, não pertencem a grupos, não reconhecem um líder, não seguem a manada, não se comportam como bando, não brandem bandeiras vermelhas, não cultuam cadáveres de falsos mártires nem se encantam com profetas pés-de-chinelo.


Os milhares que saíram às ruas estudam, trabalham, pagam impostos, têm sonhos, querem um país melhor, estão enfarados da roubalheira, repudiam a ignorância, a pilantragem, lutam por uma vida melhor e sabem que a verdadeira conquista é a que se dá pelo esforço.

 
Os milhares que saíram às ruas não agüentam mais o conchavo, têm asco dos vigaristas que tomaram de assalto o país, não acreditam mais na propaganda oficial, repudiam a política como exercício da mentira, chamam de farsantes os que, em nome do combate à pobreza, pilham o país, dedicam-se a negociatas, metem-se em maquinações políticas que passam longe do interesse público.

O MSP - O Movimento dos Sem-Político - Vocês viram que os milhares que saíram às ruas estavam acompanhados apenas de seus pares, que, como eles, também saíram às ruas. Era o verdadeiro Movimento dos Sem-Político. Não que eles não pudessem aparecer por ali. O PSOL até tentou “embandeirar” os protestos, mas os presentes não aceitaram. Aquele era um movimento das ruas, não dos utopista do século retrasado, que ainda vêm nos falar, santo Deus!, de “socialismo com liberdade”.

Se políticos aparecerem para também protestar   (só se quisessem protestar coantra eles mesmos!) — não para guiar o povo —, teriam sido bem recebidos, mas eles não apareceram porque nem se deram conta ainda de que alguma coisa está em gestação, de que um movimento está em curso, de que algo se move no ventre da sociedade brasileira.

Na semana em que milhares de brasileiros evidenciavam nas redes sociais e nos blogs e sites jornalísticos que estão enfarados de lambança, governistas e oposicionistas estavam mantendo conversinhas ao pé do ouvido para tentar preencher a próxima vaga do Tribunal de Contas da União. A escolha do nome virou parte das articulações para a disputa pela Presidência da República em 2014.  Governistas e oposicionistas que se metem nesse tipo de articulação, da forma como se dá, não estão percebendo que começa a nascer um movimento, que já reúne milhares de pessoas, que não mais aceita esse minueto de governistas arrogantes e oposicionistas espertalhões. Essa gente, de um lado e de outro, ficou irremediavelmente velha de espírito.

Os caras-pintadas, desta feita, não puderam contar com a máquina dos governos de oposição, como aconteceu com o Movimento das Diretas-Já e do impeachment de Collor. Ontem, e assim será por um bom tempo, eram as pessoas por elas mesmas. Sim, algo se move na sociedade. E é inútil se apresentar para “dirigir” o movimento. Marina Silva até percebeu a onda, mas errou ao apostar que os outros não perceberam a sua onda. Esse movimento, dona Marina, não nasce com assessoria de imprensa, assessoria de imagem, assessoria política e forte suporte financeiro. O seu apartidarismo, candidata, é transitório; o dos brasileiros que foram às ruas é uma condição da liberdade.

Que os sem-partido, sem-grupos, sem-líder, sem-bando, sem-bandeiras vermelhas, sem-mártires e sem-profetas insistam. A oposição, se quiser, que se junte. Quem sabe até ela aprenda a ser livre e também diga com clareza: “Não, vocês não podem!”


 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Por baixo dos panos... (sujos)

E os que foram vistos dançando foram julgados insanos
pelos que não conseguiam ouvir a música.
Friedrich Nietzsche

¨¨


Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, fim de tarde amarelado da última quinta-feira, 11 de agosto de 2011.  Numa caríssima cafeteria no último andar, um famoso senador da base aliada, com a Bíblia aberta sobre a pequena mesa, pregava a alguém que parecia ser um parente ou assessor (ou ambos!). Minutos depois, um renomado deputado federal, também governista, se achegou à dupla e pediu um café-com-leite. Depois de muitos risos e cumprimentos políticos falsos, do tipo tapinha nas costas, a chapa esquentou. O assunto não poderia ser outro: o estilo nada diplomático da presidenta Dilma Rousseff.

O deputado desancou em lamúrias. Reclamou que Dilma não o recebe, que o gabinete presidencial não retorna suas ligações e que, mesmo ocupando um espaço importante nas lideranças do Congresso Nacional em uma das maiores legendas, a presidenta insiste vê-lo apenas como um membro insignificante do baixo clero. A única reação esboçada pelo senador foi arquear uma das sobrancelhas e fazer aquela cara de quem diz: Que coisa, né?! Fazer o que?! deputado seguiu seu novelo de protestos, como que falando a um interlocutor direto da Presidência. Bastante indelicado, o senador baixou a cabeça e voltou atenção para um ofício à sua frente. Instaurou-se à mesa aquele clima de visível desconforto.

O parlamentar não se fez de rogado e bradou, em tom quase ameaçador: Olha, já são rotineiros os comentários na Câmara de que a presidenta não vai concluir o mandato. A coisa está ficando feia! O senador ergueu a cabeça e, finalmente, parecia lhe dar a devida atenção: Quem está falando isso?, perguntou. O deputado sorriu: Todo mundo! A mulher está esticando a corda e vai arrebentar! A base está uma zona, está caindo! Por enquanto, o protesto é não votar nada. Mas, pode apostar, a casa vai incendiar quando começar a rebelião de votar. Vai arrebentar o governo! Ambos seguiram em prosa tensa, até que deputado concluiu: Até o Collor está dizendo que já viu esse filme antes. O presidente Lula precisa entrar rápido nesse circuito, senão vai dar curto!

Diálogos como esse ganham cada vez mais força nos corredores palacianos. O estilo pouco político, nada diplomático e totalmente intransigente de Dilma Rousseff está fazendo insurgir uma horda de revoltosos, dispostos a colocar a cabeça da presidenta a prêmio. Deputados e senadores estão furiosos com o descaso às demandas e uma total falta daquele “afeto-politiqueiro-paternalista” que lhes era disposto pelo ex-presidente Lula. Ministros, governadores e prefeitos estão revoltados com a centralização administrativa da presidenta, que tem travado a máquina e engavetado milhares de projetos considerados estratégicos em véspera de eleições municipais. Até o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, estaria demonstrando aborrecimento com o fato de Dilma sequer retornar seus telefonemas. A classe política está realmente assustada.

Como todo político revoltado torna-se um potencial falastrão, o que antes eram apenas conversas ao pé do ouvido, agora já são debates megafônicos nos cafezinhos de aeroportos. Diariamente munida pelos próprios aliados, a imprensa já ressoa verdadeiras pérolas do cenário político no Palácio do Planalto, em especial aquelas que tangem sobre o perfil duro e repressor de Dilma. Um clássico recente, que movimentou uma conversa entre jornalistas na TV, narra o dia em que a presidenta mandou o general-ministro José Elito Siqueira, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, sair do elevador para que ela subisse sozinha.

Nesse bojo, a semana começou com um jornalista revelando um suposto livro em construção com as reprimendas da presidenta aos seus principais auxiliares. Entre elas, destaca-se o tratamento destinado a três ministros de Estado: o dia em que Dilma mandou a ministra Maria do Rosário calar a boca; a ameaça ao ministro Antônio Patriota de colocar na rua toda equipe daquilo que teria chamado de “Itamarateca”; e o deboche à ministra Ideli Salvatti, que já na primeira coletiva como titular das Relações Institucionais, só falara bobagens. “Imagine nas próximas...”, teria dito Dilma em reprovação à atuação de sua ministra.

Esse clima tensionado pode até refletir uma presidenta forte e disposta a não ficar presa aos afagos medíocres que perpassam a história política brasileira. Em tese, isso parece ser positivo, visto o péssimo nível dos membros dos poderes instituídos na República. Mas só em tese. Porque na vida real, com o presidencialismo franciscano praticado em Brasília, o extremo loteamento fisiológico da máquina administrativa e a avalanche ininterrupta do casos de corrupção endêmica, esse estilo radical coloca a gestão Dilma Rousseff em perigo real e imediato. Da fantasia de faxineira, pode migrar para o posto de faxinada. A presidenta não está repetindo a história do filme protagonizado pelo ex-presidente Collor. Mas, nessa toada, seu fim tende a ser o mesmo: o impeachment.
(*) Helder Caldeira Escritor, palestrante e conferencista heldercaldeira@estadao.com.br



Para guardar: nomes do MENSALÃO com fundo musical

Do PT

Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, assumiu para si toda a responsabilidade de arquitetar e executar o esquema de financiamento ilegal do PT e de outros partidos aliados com a ajuda de Marcos Valério. Delúbio disse que nem a direção do PT, nem o ministro José Dirceu conheciam a origem dos recursos obtidos com Marcos Valério. Ele alega que estes recursos seriam pagos e que serviram para o pagamento de despesas "não contabilizadas" das campanhas eleitorais de 2002 e 2004 do PT e dos partidos aliados. A versão foi endossada por Valério. Afastou-se do cargo após as denúncias.

Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os irmãos do Prefeito Celso Daniel dizem que Carvalho transportava malas de dinheiro do esquema de corrupção montado na Prefeitura de Santo André para o então presidente do PT José Dirceu.

João Magno (PT-MG), Disse que recebeu dinheiro das contas de Marcos Valério, seguindo a orientação do tesoureiro Delúbio Soares.


João Paulo Cunha (PT-SP), deputado federal, ex-presidente da Câmara. Dois assessores do deputado mais a sua esposa visitaram o Banco Rural no Brasília Shopping. O deputado disse à CPI dos Correios que sua mulher foi ao banco pagar uma prestação de TV a cabo. A diretora financeira da SMPB (empresa de Marcos Valério), Simone Vasconcelos, disse para a Polícia Federal que João Paulo Cunha recebeu R$ 200 mil de ajuda do empresário. Em seguida, documentos enviados pelo Banco Rural mostraram que a esposa de Paulo Cunha sacou R$ 50 mil. Marcos Valério retificou a lista de Simone Vasconcelos e disse que Paulo Cunha recebeu só R$ 50 mil. Porém, Valério não explicou onde foram parar os outros R$ 150 mil.


José Adalberto Vieira da Silva (PT-CE), preso pela Polícia Federal com US$ 100.000,00 na cueca, assessor do deputado José Nobre Guimarães.


José Dirceu, cusado por Jefferson de ser o "mandante" e o "cérebro do maior sistema de corrupção da história da República", nega categoricamente as acusações, afirmando desconhecer totalmente o esquema de empréstimos e pagamento a deputados. Demitiu-se do cargo de Ministro Chefe da Casa Civil, reocupando seu mandato de Deputado Federal e passando a dedicar-se totalmente à sua defesa no processo de cassação por quebra de decoro parlamentar contra ele aberto na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados. José Dirceu teve seu cargo cassado pela Câmara dos Deputados na noite do dia 30 de novembro de 2005 para a madrugada do dia 1º de dezembro de 2005. Os votos a favor da cassação foram 293.


José Genoíno, ex-presidente do PT. Denunciado por utilizar Marcos Valério como fiador de empréstimos ao PT junto aos bancos do Brasil, Banco Rural e BMG. Também paira sobre ele a suspeita dos doláres apreendidos na cueca do assessor de seu irmão, o deputado José Guimarães. Renunciou à presidência do PT após o escândalo.


José Mentor (PT-SP), teve atuação polêmica como relator da CPI do Banestado, quando fez sumir, inexplicavelmente, as menções ao Banco Rural no relatório final da CPI. Seu escritório de advocacia recebeu R$ 60 mil de uma conta no Rural de uma empresa de Marcos Valério.


José Nobre Guimarães (PT-CE), irmão de José Genoíno, teve seu assessor flagrado com US$ 100.000,00 na cueca, além de R$ 200.000,00 na mala. O deputado Guimarães também é acusado do recebimento de R$ 250.000,00 das contas de Marcos Valério.


Josias Gomes (PT - BA), suspeito de retirar, pessoalmente, a quantia de R$ 100 mil das contas de Marcos Valério.


Juscelino Dourado, chefe de gabinete do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Pediu demissão em setembro de 2005 em meio a denúncias de que teria participado ao lado de Rogério Buratti e Vladimir Poleto de operações de tráfico de influência no Ministério da Fazenda.


Luiz Gushiken, ex-dirigente da SECOM (Secretária de Comunicação, até então com status de ministério), que indicava dirigentes para os fundos de pensão. Acusado de favorecimento de uma corretora de seus ex-sócios ligada a fundos de pensão. Os bancos BMG e Rural são suspeitos de lucrar indevidamente com os fundos.


Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP) segundo Duda Mendonça em declaração a Veja Lula supostamente teria conhecimento do escândalo de caixa dois do PT, e não denunciou. Lula alegou durante muito tempo ser completamente ignorante sobre o esquema, tendo sido apenas em meados do fim do segundo mantato que admitiu estar ciente desde 2005.


Marcelo Sereno, ex-secretário de Comunicações do PT. Demitiu-se após o escândalo.


Paulo Rocha (PT-PA), deputado federal, ex-líder do PT na Câmara. Sua assessora foi ao Banco Rural onde fez saques das contas de Marcos Valério no valor de R$ 920 mil. Renunciou à liderança do partido e mais tarde ao cargo de deputado para fugir à cassação.


Professor Luizinho (PT-SP), deputado federal, ex-líder do governo na Câmara, teve um assessor que recebeu R$ 20 mil de Marcos Valério.


Raimundo Ferreira Silva Júnior, vice-presidente do PT no Distrito Federal. Trabalhava no gabinete do deputado Paulo Delgado (PT-MG). Também sacou dinheiro das contas de Marcos Valério.


Ralf Barquete, assessor de Antonio Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto, morreu de câncer em 8 de Junho de 2004. Rogério Buratti disse que em 2002 Barquete consultou-o sobre como fazer para trazer dólares do exterior.


Rogério Buratti, trabalhou como secretário na prefeitura de Ribeirão Preto, durante a administração do prefeito Antonio Palocci (atual ministro da Fazenda). Foi também assessor do deputado José Dirceu na década de 1980. Foi preso em agosto acusado de lavagem de dinheiro. Em busca do benefício da delação premiada, Buratti começou a fazer várias acusações contra o ministro da Fazenda.


Sérgio Gomes da Silva, mais conhecido como o "Sombra". Trabalhou na administração do prefeito Celso Daniel, assassinado em 2002. Segundo o Ministério Público ele é o principal suspeito de ser o mandante do crime.


Silvio Pereira, ex-secretário Geral do PT. Ao lado de Delúbio Soares e Marcelo Sereno, foi responsável pelo saque de R$ 4.932.467,12 das contas das empresas de Marcos Valério. Durante as investigações, foi acusado de corrupção por ter recebido de presente de uma empresa privada uma Land Rover, em troca de vantagens para na estatal Petrobrás.


Vladimir Poleto, economista e ex-assessor na Prefeitura de Ribeirão Preto do Ministro da Fazenda Antonio Palocci. Ao lado de Rogério Buratti, é acusado de fazer tráfico de influência. Em 31 de julho de 2002, ajudou a transportar caixas lacradas de bebida de Brasília até São Paulo. Segundo Buratti, dentro das caixas havia dólares doados por Cuba para a campanha de Lula.


Wilmar Lacerda, presidente do PT no Distrito Federal. Disse para a Polícia Federal que recebeu R$ 380.000,00 da empresa SMPB, do publicitário Marcos Valério. Justificou-se dizendo que apenas seguiu a orientação do tesoureiro do partido Delúbio Soares.


Waldomiro Diniz, assessor do ministro da Casa Civil José Dirceu. Waldomiro foi acusado de extorquir empresários do Jogo do Bicho e de Casas de Bingo para arrecadar fundos para campanhas políticas do PT.  

“Base aliada": partidos que davam sustentação política ao PT, antes do início do escândalo: PTB, PP, PL e PMDB.

 
Roberto Jefferson (PTB-RJ), que deu origem ao escândalo quando denunciou a prática do Mensalão. Acusado de operar um esquema de arrecadação de "contribuições eleitorais" de fornecedores de estatais como os Correios, o IRB e Furnas. Também é acusado de crime eleitoral, quando recebeu R$ 4 milhões diretamente das mãos de Marcos Valério (enviado de José Dirceu) para o PTB, numa operação não declarada à Justiça Eleitoral.


José Carlos Martinez (PTB-PR), (1948-2003). Acusado de ter recebido R$ 1.000.000,00


Romeu Queiroz (PTB-MG). Acusado de ter recebido R$ 350.000,00


José Janene (PP-PR), (1955-2010). Citado por Jefferson desde o início, era acusado de distribuir o Mensalão para a bancada do PP. Seu envolvimento foi comprovado pelo depoimento de seu assessor João Cláudio Genu à Polícia Federal, que confessou fazer os saques e entregar o dinheiro à tesouraria do PP.


Pedro Corrêa (PP-PE) - presidente do PP, também foi denunciado por Jefferson e incriminado por Genu.


Pedro Henry (PP-MT) - Ex-líder da Câmara, também foi implicado pelo depoimento de Genu.


José Borba (PMDB-PR) - Ex-líder do PMDB na Câmara. É acusado pela diretora financeira da SMPB de ter recebido R$ 2,1 milhões, mas de ter se recusado a assinar o comprovante de saque (obrigando-a a ir até a agência do banco para liberar o pagamento).


Valdemar Costa Neto (PL-SP)- acusado de ser o distribuidor do Mensalão para a bancada do PL. Seu ex-tesoureiro, Jacinto Lamas, é acusado de ser o maior beneficiário dos saques das contas de Marcos Valério no Banco Rural, recebendo R$ 10.837.500,00. Para evitar o processo de cassação, o deputado renunciou às pressas, antes que fosse aberto inquérito contra ele.


Bispo Rodrigues (PL-RJ) - coordenava a bancada da Igreja Universal do Reino de Deus na Câmara. Teria recebido R$ 150 mil. Foi defenestrado pela sua igreja.


Anderson Adauto (PL-MG) - o ex-ministro dos transportes, atualmente filiado ao PMDB e prefeito reeleito de Uberaba em 2008. Apesar dos processos contra ele foi reeleito em primeiro turno demonstrando a indiferença do brasileiro á corrupção, recebeu, por intermédio de seu chefe de gabinete, o valor de R$ 1.000.000,00 de Marcos Valério.


Marcos Valério, empresário, sem partido. Sendo o "operador do Mensalão", está sendo acusado de diversos crimes de ordem política, financeira, criminal, eleitoral e fiscal. Além de seu envolvimento atual com o PT e o "mensalão", revelou que manteve um esquema semelhante em 1998 envolvendo o PSDB: naquele ano, através de empréstimos bancários avalizados pelos contratos de publicidade que mantinha com o governo mineiro, financiou as campanhas de diversos candidatos tucanos, entre os quais o senador Eduardo Azeredo, candidato ao governo de Minas Gerais, e que tinha, como candidato a vice-governador, Clésio Andrade, então sócio de Valério na SMP&B.

 
Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Não é acusado de envolvimento direto com o Mensalão, mas é acusado de recebimento de recursos de Marcos Valério para compor o "caixa 2" de sua campanha eleitoral ao Governo de Minas em 1998.


Roberto Brant (PFL-MG). Deputado mineiro do PFL, foi um dos que receberam recursos das empresas de Valério. Chamou a atenção o fato do deputado Brant, de um partido de oposição ao governo, ser identificado como um dos que receberam dinheiro de Valério. Brant argumentou que o dinheiro que recebeu teria sido contribuição de campanha da empresa Usiminas, a qual não havia sido declarada como um de seus doadores oficiais. Valério desmentiu o deputado e a Usiminas não se manifestou.


Duda Mendonça, publicitário responsável pela campanha eleitoral de Lula. Sua sócia, Zilmar da Silveira, aparece como beneficiário de Marcos Valério, tendo recebido dela R$ 15.500.000,00.


Fernanda Karina Somaggio, secretária de Marcos Valério, resolveu testemunhar contra o seu ex-chefe. Confirmou o envolvimento de Valério com Delúbio Soares e com diversos deputados acusados posteriormente de envolvimento com o esquema de corrupção. Denunciou também que os pagamentos eram feitos em malas de dinheiro. Sua agenda que marca os encontros entre Marcos Valério e outras personagens envolvidas no escândalo (Delúbio Soares, José Mentor, entre outros) foi apreendida pela Polícia Federal.


Renilda Soares, esposa de Valério. Não acrescentou muito às investigações, mas denunciou que José Dirceu tinha pleno conhecimento do esquema de corrupção de Valério, e que tudo era feito com a sua anuência.


Toninho da Barcelona ou Antônio Oliveira Claramunt. Um dos principais doleiros brasileiros, preso e condenado por realizar operações financeiras ilegais. Ouvido informalmente por alguns parlamentares da CPMI dos Correios, ele alegou que fez várias operações de câmbio para o Partido dos Trabalhadores (PT) e outros partidos. Segundo o doleiro, o PT mantinha uma conta clandestina no exterior no Trade Link Bank, offshore vinculada ao Banco Rural; o caixa do partido vivia cheio de dólares; em 2002, durante a eleição para presidente, o doleiro fazia operações quase diárias de troca de dólares, com valores entre 30 mil e 50 mil dólares, no gabinete do então vereador Devanir Ribeiro; e a corretora Bônus-Banval, de São Paulo era usada para lavagem de dinheiro e outras operações escusas.


Daniel Dantas, empresário, dono do grupo financeiro Opportunity. Teria praticado tráfico de influência, com a ajuda de Marcos Valério, para que seu grupo fosse favorecido na disputa pelo controle da Brasil Telecom, travada contra o fundo de pensão Previ e o Citibank. Dantas foi condenado em primeira instância pela justiça dos Estados Unidos por práticas que ferem os interesses de acionistas minoritários. Correm contra ele também processos por ter efetuado escutas ilegais em políticos ligados ao então candidato a presidente Luis Inácio Lula da Silva, contratadas junto à empresa Kroll.
 
Paulo Okamoto, Presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE),e com comprovadas ligações com o PC do B. Acusado de enviar R$ 29.436,00 de um empréstimo feito com ajuda do tesoureiro do PT, para o PC do B na carta que Delúbio Soares enviou a CPI do mensalão em 30 de agosto de 2005.(ver no Bloger da jornalista Elane Moura


Vavá, Genival Inácio da Silva, irmão do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo denúncias publicadas pela imprensa brasileira, aproveitou o parentesco com Lula para fazer tráfico de influência em diversos órgãos.


Carlos Massa, o Ratinho, apresentador do "Programa do Ratinho" do SBT na noite. Seu nome foi citado em um suposto pagamento de 5 milhões de reais para falar bem do PT em 2004, segundo a revista Veja dia 4 de março, datada do dia 8. Ratinho nega a acusação e chegou a ameaçar em processar a revista.


Antonio Mexia - ex-Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações de Portugal. Disse numa entrevista para o jornal Expresso, publicada em 16 de julho de 2005, que recebeu o empresário brasileiro Marcos Valério em Janeiro de 2005 como "consultor do Presidente do Brasil", a pedido de Miguel Horta e Costa, Presidente da Portugal Telecom. Em 4 de agosto, após ter tido uma conversa com o embaixador brasileiro em Portugal, Mexia diz que recebeu Valério apenas como um empresário brasileiro e que ele não se apresentara como representante do governo brasileiro.


Miguel Horta e Costa - Presidente da Portugal Telecom. Admite que Marcos Valério já foi recebido pela Portugal Telecom para tratar de negócios envolvendo a empresa Telemig Celular. Ele nega a existência de qualquer negócio escuso com o empresário brasileiro. A Portugal Telecom nega ter havido um encontro com Marcos Valério e Emerson Palmieri nos dias 24, 25 e 26 de janeiro de 2005, em Lisboa. A empresa "assegura que nunca participou de qualquer encontro com o objectivo de discutir ou negociar operações que envolvessem o financiamento de partidos políticos brasileiros."