Rapaz ou homem? Criança ou adolescente? Bom ou mau aluno? Qualidades excepcionais ou uma pessoa normal?
Bem, vai depender do que a imprensa pretende informar, ou melhor, do impacto que pretende provocar.
Não se trata do tipo de ocorrência, seja catastrófica ou não. É o recurso usado para manipular os sentimentos dos leitores ou telespectadores, a forma garantida para 'vender' mais, às custas das emoções alheias.
O mesmo envolvido em algum fato revoltante pode ser classificado como rapaz, caso sofra o ataque. Mas será chamado de homem se for ele o meliante. Da mesma forma, será um adolescente caso tenha assassinado os pais friamente, mas será apresentado diante das câmeras como criança se a vitima for ele.
Nessa apresentação apelativa para mostrar fatos horríveis de maneira ainda pior, há uma característica sempre presente, não apenas por parte dos jornalistas, mas dos próprios familiares sofridos. Alguém já viu, por exemplo, a triste mãe de um mau estudante diante do microfone, após uma tragédia?
Notícias dramáticas têm um público certo
e são apresentados com as palavras exatas.
e são apresentados com as palavras exatas.
Montagens