Este espaço é desaconselhável a menores de 21 anos,
porque a história de nossos políticos
pode causar deficiência moral irreversível.

É a vida de quengas disfarçadas de homens públicos; oportunistas que se aproveitam de tudo e roubam sem punição. Uma gente miúda com pose de autoridade respeitável, que engana o povo e dele debocha; vende a consciência e o respeito por si próprios em troca de dinheiro sujo. A maioria só não vende o corpo porque este, além de apodrecido, tem mais de trinta anos... não de idade, mas de vida pública.


sábado, 22 de agosto de 2009

Lula manda e Mercadante rasteja.

Aloísio Mercadante mostrou que é um fraco. Depois de afirmar que sua saída da liderança do PT era irrevogável, por não aceitar o arquivamento dos processos contra Sarney, voltou atrás. E de forma deprimente. Diante de míseros cinco colegas de Senado, fez um discurso lamentável para justificar sua subserviência.

Deprimente, sim e por dois motivos. Primeiro porque, se não tinha certeza de sua capacidade de reação, jamais deveria ter dito coisa alguma. Os fracos devem se encolher para evitar que sua covardia se evidencie. Segundo, por acreditar que a ameça de sair da liderança do partido provocaria algum efeito.
O senador do PT acreditava que seria chamado ao Palácio do Planalto e Luís Inácio, 'emocionado', insistiria na sua permanência. Mas nada disto aconteceu. Ouviu uma reprimenda de seu chefe, abaixou a cabeça e saiu da sala presidencial rastejando.

Mercadante é um mercenário que se vende pela aprovação de quem não merece sequer respeito, como é o caso de Luís Inácio que defende políticos desqualificados.

Faltou ao líder do PT não apenas coragem, mas percepção. Depois de tantos anos, não sabe que Luís Inácio é um megalômano que dá importância apenas a si mesmo. Luís Inácio não pede, exige.

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Montagem com imagens retiradas de http://www.artshopping.com.br/lojavirtual/product_in proseandosobrepolitica.blogspot.com/2009_08_0...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Entrevista com Xênia Bier - uma das melhores

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Esta é uma das melhores entrevistas do livro. A entrevistradora Xênia Bier, autêntica e irreverente, demonstra abertamente que não se deixa enganar por Luís Inácio e o desmente desde o início até o fim. Xênia é hoje apresentadora de TV.

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Em alguns momentos ela quase o coloca contra a parede, mas o então sindicalista - que de tão escorregadio mais parece uma enguia - sai pelas bordas, com respostas arredias, e desculpas nada convincentes. Já não consegue esconder suas principais características, a dissimulação e a mentira, como no caso da Boite Gallery com uísque e Cointreau.

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*Duas frases do presiMentiroso Luís Inácio na entrevista

** "... o dia em que eu perceber que terei que abrir mão dos meus conceitos de honestidade, eu deixarei de fazer política”. Atualmente o ex-sindicalista é grande amigo do que há de mais degradante na política nacional.

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"...a classe média come mortadela e arrota peru, enquanto o trabalhador “desgraçado” come ovo e arrota ovo mesmo. Luís Inácio esquece – ou desconhece – que é enorme a quantidade de pobretões que andam pelas ruas pendurados no mais caro modelo de telefone celular. Luís Inácio, mais uma vez, apela para o dramalhão ao referir ao trabalhador como 'desgraçado'. E insiste na falsa comparação trabalhador X classe média como se esta fosse uma classe composta de vagabundos como ele, que deixou de trabalhar aos 23 anos de idade.

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No livro, esta é a vigêsima primeira entrevista, mas não resisti à tentação e a coloquei antes.
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domingo, 16 de agosto de 2009

Mamonas assassinas

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O artigo de Ricardo Mendonça, na Revista Época da semana passada, mostra como Luís Inácio foi, mais uma vez, um tremendo trapalhão. Começou a campanha do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel em 2004. Em agosto de 2005, foi conhecer o assentamento Santa Clara, em Canto do Buriti – Piauí, local escolhido para lançar o projeto de plantação de mamona da maneira mais teatral.

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Numa daquela suas apresentações mirabolantes, na base do engana trouxa, Luís Inácio disse ao seu maleável público o seguinte:

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“O nosso petróleo, o petróleo verde da mamona, nunca acaba. Porque acaba um pé, a gente planta outro. Acaba outro a gente planta outro”.

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“A mamona pode ser uma das possibilidades para o povo pobre deste país melhorar de vida. E para mim, gente, não tem coisa mais orgulhosa do que ver um pai de família trabalhar, receber seu salário, pegar a mulher e os filhos, ir na bodega mais próxima e encher a casa de comida.”

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Na ocasião, pobres agricultores (pobres no bolso e na crença), empresários e até mesmo políticos ficaram muito felizes com um futuro tão promissor.

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Parceria: A empresa Brasil Ecodiesel, que recebeu terra do governo piauiense para o trabalho, “distribuiu lotes de oito hectares para 610 famílias, deu uma pequena casa para cada agricultor e assinou contratos de parceria. As famílias receberiam semente, insumos, assistência técnica e um adiantamento mensal de (míseros) R$ 250,00 por seis meses. Em troca, entregariam a colheita, que no final seria transformada em biodiesel.” (revista Época de 10 de agosto – pág. 58). A reportagem não diz qual seria o lucro do agricultor em relação à empresa.

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*** Quatro anos depois, a realidade: ***

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“... denúncias graves, exploração do trabalho infantil, prostituição, desmatamento e produção ilegal de carvão”. Hoje, cerca de 600 famílias continuam assentadas, mas a maior parte dos terrenos está ociosa. As plantações de mamona produziram bem abaixo do esperado.” (Época – pág. 58)

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“Aos poucos, a cultura foi sendo abandonada. Hoje, os únicos pés visíveis de mamona são aqueles que nasceram por acaso, no meio do mato, por obra da natureza.” (Época – pág. 58)

*** “Muitos agricultores reclamam que não podem sair do local, sob o risco de perder o direito à terra. Alguns dizem que chegam a passar fome.” (Época – pág. 59)

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“... retumbante fracasso da mamona como matéria-prima para a produção de biodiesel.” “... a mamona não se mostrou viável....” “Fazer biodiesel com mamona sai muito caro.” (Época – pág. 60)

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“Em 2005, Luís Inácio citou a palavra ‘mamona’ 92 vezes. No ano passado, a mamona apareceu na boca do presidente em 16 oportunidades. Neste ano, até agora, Lula só a citou em 13 ocasiões, a maioria com ressalvas. O ‘petróleo verde secou.” (Último comentário do artigo, na pág. 61) ***

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O caso das momonas e biodiesel pode não ter matado ninguém de fome, ao menos por enquanto, mas assassinou as esperanças de quem acreditou no palavrório do presiMente. Que a memória do grupo que tanto me divertiu com suas músicas irreverentes me perdoe por usar seu nome num assunto como este.

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E Luís Inácio... é tão milagreiro e trapaceiro quanto Edir Macedo. ***

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A reportagem cita também o site da ONG Repórter Brasil (http://www.reporterbrasil.com.br/exibe.php?id=1543), que "recebeu patrocínio internacional para investigar o setor; a explicação pode estar na falta de credibilidade do programa.” Caso a falta de credibilidade seja motivo, as promessas de Luís Inácio diz não são mais levadas tão a sério.***

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