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A sétima entrevista com o então sindicalista (Lula ao Avesso - Sétima entrevista - Senhor Vogue / 1979) é uma das mais desinteressantes. Repetitiva tanto nos comentários do entrevistador, Ruy Mesquita, quanto no palavrório do ex-metalúrgico que não mudou em nada, até até hoje, depois de tinta e dois anos. Ruy Mesquita insiste, diversas vezes, em dizer (escrever) "sem medo e sem restrições mentais" ao se referir a Luís Inácio.
Embora cansativa, a entrevista evidencia as principais características de Luís Inácio: a vaidade, a inveja e a ganância.
- A vaidade doentia. Procura se mostrar como um homem capaz de enfrentar tudo o que vier pela frente. A necessidade de provar que é o maior sindicalista de todos os tempos, com críticas a todos os outros sindicalistas.
- A inveja. Do início ao fim, Luís Inácio mostra sua raiva, embora disfarçada na defesa do trabalhadô, pelos que têm mais recursos financeiros. Em nenhum momento fala sobre a necessidade de bom atendimento médico ou boas escolas. FALA APENAS SOBRE A NECESSIDADE DE BOAS ROUPAS E CARROS. Insiste, cansativamente, em apresentar o trabalhadô como um pobre coitado, rejeitado, e sempre agregido. Conta duas historinhas em que jornalistas tratam os operários de maneira preconceituosa e grosseira. Conhecendo esse mentiroso, como já conhecemos, é difícil de acreditar nesses dois causos.
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No final da entrevista, há um comentário de Ruy Mesquita, um visionário na época, que diz o que ele mesmo não percebe, pois o faz em forma de elogio:
"E é exatamente esse, e apenas esse, o sentido da sua luta: ele quer que o maior número possível de trabalhadores possa ter casa e automóvel, ...""
Há ainda uma contradição, que chamaria de MENTIRA, ao contar que estava jogando bilhar, logo depois de ter afirmado, em entrevista anterior que, em função da sua 'árdua labuta' de sindicalista não tinha mais tempo para diversão ou mesmo para se dedicar à familia.
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Não vale a pena ler a entrevista toda, mas ao menos os trechos em negrito merecem alguma atenção.